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Como estão as nossas estradas?


A Confederação Nacional do Transporte (CNT) começou a pesquisar a qualidade das rodovias brasileiras há 17 anos. No primeiro ano, em 1995, foram analisados 15 710 km e este ano, na 16ª edição da pesquisa, foram 95 707 km. De lá para cá, algumas informações vêm se repetindo: as estradas administradas pela iniciativa privada (as concedidas e mantidas com o dinheiro do usuário por meio do pagamento de pedágio) estão entre as melhores e as sob os cuidados do poder público (84%) estão entre as piores, apesar do PAC e da alta carga tributária paga pelo brasileiro através dos mais variados impostos. 
 
Para chegar ao resultado desta pesquisa, 17 equipes viajaram 37 dias para coletar os dados (condições do pavimento, sinalização e geometria) de todas as rodovias federais e dos principais trechos estaduais. No geral, apenas 9,9% (9 454 km) das rodovias ganhou nota ótima. Em estado regular está a maior parte: 33,4% (31 990 km). Já em estado ruim estão 19 412 km (20,3%) e em péssimo estado estão 8 651 km (9%) e, finalmente, classificados como bons, 26 200 km (27,4%). Veja na tabela nesta página as condições das estradas por tipo de administração.

Mais consumo e poluição
A CNT estima que as atuais condições das rodovias brasileiras causa um impacto no custo operacional das transportadoras de 23%, principalmente, pelo aumento dos gastos com manutenção dos veículos, o que eleva o frete e diminui a competitividade dos produtos brasileiros. Dentro dessa conta também está o aumento do consumo de combustível causado pelas constantes variações de velocidade. E, se há mais diesel sendo queimado, também há muito mais poluição.
Outra estimativa feita pela entidade, é que se o pavimento de todas as rodovias tivesse classificação boa ou ótima em 2012, seria possível uma economia de 616 milhões de litros de óleo diesel, ou seja, R$ 1,29 bilhão e uma redução de 1,6 megatoneladas de CO2, principal gás do efeito estufa.

As curvas fora de curva
O mais preocupante é a condição da geometria das rodovias, o que significa, inclusive, curvas perigosas que, , quando mal sinalizadas, conduzem o motorista ao erro e, consequentemente, ao acidente. Na pesquisa, nada menos que 29 882 km (31,2%) das vias foram classificados com geometria péssima e apenas 3 878 km (4,1%) recebeu classificação ótima. Tal resultado levou os pesquisadores a constatarem que dentro dos 95 707 km analisados, há uma curva perigosa, pelo menos, a cada unidade de pesquisa de até 10 km. Assim foi observado em 65,6% dos quilômetros pesquisados, sendo que 65% dos casos, não existem placas de sinalização, característica que aumenta o risco de acidentes.     

No final, o relatório gerado pela pesquisa rodoviária CNT lembra que os investimentos em infraestrutura no país só vem diminuindo em relação ao PIB (Produto Interno Bruto, que representa toda a riqueza gerada pelo país), enquanto a necessidade de crescimento da economia e competitividade precisam acompanhar o crescimento da população e das suas necessidades. Em 1975, o foram investidos 1,84% do PIB  em infraestrutura de transporte e, no ano passado, apenas 0,36%. 

Porém, estudos realizados pelo Banco Mundial apontam que o investimento necessário para manter a infraestrutura  existente e atender à demanda é da ordem de 1,2% do PIB. Assim, uma comparação realizada pelo Fórum Econômico Mundial entre 144 países classifica o Brasil como 123º país em infraestrutura de transporte, ou seja, estamos entre os 25 piores. (Reportagem publicada na edição 114, dezembro de 2012, da revista Transporte Mundial).

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